A Campanha Right to the Future esteve aberta para recolha de assinaturas entre 20 de Fevereiro e a realização da Conferência do Rio (Rio+20), a 22 de Junho.
Realizada em conjunto com a Terre des Hommes e a The World Future Council, a petição propunha a criação de um provedor de Justiça que desse voz aos interesses e direitos das gerações futuras.
Visava que a Conferência do Rio (Rio + 20) não constituísse mais um momento de promessas de responsabilidades por mais 20 anos.
“Queremos que dela resulte o compromisso sério dos líderes do mundo em criarem à escala internacional, regional e nacional a figura do Provedor de Justiça que defenda os direitos e interesses das gerações futuras. Queremos o reconhecimento das Gerações Futuras como Sujeitos de Direitos e, como tal, consagração do direito ao futuro como direito humano. Dê a sua voz por aqueles que a não têm para defender uma vida em dignidade e um planeta saudável e com recursos, para nós, os nossos filhos e netos e para as gerações vindouras.”
Sobre a Campanha:
O desenvolvimento económico dos últimos 20 anos, no modo como tem vindo a ser levado a cabo, malgrado os compromissos assumidos perante o desenvolvimento sustentado na “Conferência da Terra” que teve lugar em 1992 no Rio de Janeiro, tem criado acentuados fossos de desigualdade entre ricos e pobres, assimetrias entre o desenvolvimento social e humano e o crescimento estritamente económico, danos irreversíveis no ambiente. A actual crise económica e financeira global demonstra claramente que as decisões de uns poucos, contrárias aos compromissos assumidos geram, em muito pouco tempo, consequências nefastas nas vidas das pessoas. Se tivesse havido um Provedor de Justiça que tivesse impedido que certas medidas tivessem sido tomadas por colocarem em causa o gozo e exercício de certos direitos por parte das gerações futuras que ainda não podem defender-se, talvez nada do que está à vista – 20 anos depois da adopção do conceito de desenvolvimento sustentável – teria acontecido.