Portugal

Escolas vão dar que falar contra o Tráfico de Seres Humanos

Em Portugal não existe tráfico de seres humanos. Existe?

Exploração sexual, exploração laboral, tráfico de órgãos, adoções ilegais e trabalho doméstico ilegal. Estas são as formas mais visíveis deste crime contra a liberdade pessoal e um atentado contra os Direitos Humanos. A resposta está dada.

Apesar de se tratar de um crime sobre o qual pouco se fala, dada a sua natureza oculta e difícil sinalização, segundo os últimos dados apurados pelo Governo, as autoridades portuguesas sinalizaram 203 situações de tráfico de seres humanos (TSH) no país em 2018.

 

A Oikos, que trabalha na sensibilização contra o TSH desde 2010 de forma contínua, através da sua delegação em Braga, tem um novo projeto que vai fazer dos alunos e professores, verdadeiros agentes de mudança, com um papel ativo na sensibilização. O grande objetivo é sensibilizar, alertar e consciencializar, de forma a contribuir para a sua prevenção.

 

Após formação, mentoria e cedência de materiais informativos pela Oikos, serão os próprios alunos a criar e produzir materiais sobre TSH para utilização e apresentação pública em Campanhas de sensibilização junto da comunidade escolar e da sociedade civil.

Já estão dezenas de escolas de Braga envolvidas e já há três ateliers pedagógicos a funcionar em pleno, com mais de 180 alunos. Peças de teatro, a fotografia e o vídeo multimédia são alguns dos meios que os alunos já identificaram para trabalhar.  

 

Pretende-se que os alunos possam ter conhecimentos e competências adquiridas para: reconhecer e identificar situações de TSH; conhecer os mecanismos de denúncia das situações de TSH; utilizar de forma segura e adequada a internet e as redes sociais, operacionalizar uma procura de emprego segura e planear um processo emigratório informado e protegido.

A Oikos está assim a reforçar o conhecimento e o papel ativo da sociedade civil e da comunidade educativa do Distrito de Braga, em especial dos jovens e agentes educativos. O projeto está iniciar e prolonga-se até outubro de 2021 abrangendo um total 40 mil pessoas.

 

Mais informações sobre este projeto.