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Energizing Development
Procurámos encontrar modelos de exploração sustentável dos biocombustíveis e dar voz e visibilidade às posições e interesses das populações dos países em desenvolvimento (sobretudo agricultores familiares e população mais carenciada) neste debate global sobre o acesso à energia / produção de biocombustíveis.
O crescimento económico que tenha como base o desenvolvimento sustentável é um dos grandes desafios da sociedade contemporânea. Neste cenário, as questões energéticas ganham cada vez mais importância e preocupação por parte de todos, e a procura energética, depleção das fontes tradicionais e o combate às alterações climáticas tem conduzido os biocombustíveis ao topo da agenda global.
A União Europeia apoia e aposta nos biocombustíveis como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, tal como está indicado na Estratégia da União Europeia para os Biocombustíveis (COM 2006 – 34), tendo estabelecido uma taxa mínima obrigatória de 10% de biocombustíveis no sector dos transportes até 2020 (Roteiro das Energias Renováveis).
A produção global de biocombustíveis duplicou nos últimos cinco anos e provavelmente vai duplicar novamente nos próximos quatro. Neste contexto, países como o Brasil (que já tem implementado extensos programas de produção de biocombustíveis) ou como a Argentina e Moçambique (que aprovaram novas políticas pró-biocombustíveis nos últimos anos) estão em condições de assumir um papel de destaque nesta indústria.
Estas políticas são uma oportunidade económica muito interessante para pequenos agricultores e pequena transformação visando os mercados internos e o autoconsumo. Não entanto, também podem constituir uma ameaça e um desafio para a segurança alimentar local e global, caso abram o caminho para a exploração de entidades que, visando o mercado de exportação, atuem de forma predadora ignorando os impactos sociais e ambientais nos países em desenvolvimento.
Assim, estão como objectivos principais deste projecto: informar e sensibilizar as novas gerações sobre questões relacionadas ao desenvolvimento, luta contra a pobreza e a protecção do meio ambiente; promover a sinergia entre a sociedade civil, autoridades locais e instituições na Europa e nos países em desenvolvimento; contribuir para o debate sobre a questão dos biocombustíveis, tentando entender não só o seu potencial, mas também as desvantagens para os países em desenvolvimento; e encorajar relações mais justas em todos os níveis entre os países de todo o mundo a partir do interesse comum no domínio da proteção ambiental e da poupança de energia.
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Quando: 2009-2012
Financiamento: 767 060 €
Beneficiários: 1 200 pessoas