Finança Ética para o Desenvolvimento

Pretendemos promover, junto da opinião pública portuguesa, as potencialidades da Finança Ética para o desenvolvimento local e para a luta contra a pobreza em países do Sul.

A finança ética aparece como uma alternativa à ideia tradicional de finança que tem como ponto de referência a pessoa humana e não o capital, a ideia e não o património, a remuneração justa do investimento e não a especulação.

Produtos financeiros éticos – fundos de garantia, empréstimos, poupanças e investimentos – destacam-se dos tradicionais porque oferecem aos investidores uma oportunidade real de contribuírem ativamente para o bem-estar humano.

Ao criar instrumentos financeiros alternativos – vocacionados para o financiamento de projetos com impacto social, cultural e respeitadores do ambiente, economicamente eficientes e redutores de desigualdades sociais – a finança ética pode ter um impacto positivo na vida das pessoas, sobretudo daquelas que muitas vezes são excluídas do acesso ao crédito na banca tradicional.

A finança ética é, em particular, um instrumento crucial para a promoção do desenvolvimento sustentável nos países do Sul. Neste contexto, onde o acesso ao crédito é normalmente difícil, não só pela escassez mas também pela impossibilidade de apresentação de garantias bancárias exigidas pelas instituições financeiras tradicionais, as atividades económicas locais acabam por ser afetadas negativamente.

Em consequência, muitos daqueles que poderiam ser potenciais empreendedores nos países do Sul, ao serem excluídos do sistema produtivo, acabam por se revelarem impotentes para quebrar o ciclo de pobreza em que vivem. A finança ética pode afirmar-se pois como um mecanismo de fortalecimento (“empowerment”) das comunidades mais desfavorecidas.

Por isso, a Oikos pretendeu defender a adoção oficial de um quadro legal junto do Governo e da classe política que apoiesse a criação e desenvolvimento de instituições e instrumentos financeiros éticos a nível local, regional e nacional, bem como intermediar a criação de uma plataforma de cooperação entre entidades oficiais, instituições financeiras, empresas, ONG e outros actores sociais, individuais e colectivos, que apoie a implementação e consolidação de um sistema financeiro ético.

País: Portugal

Quando: 2003-2006

Financiamento: 1 153 678 €

Beneficiários: 444 pessoas

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