Escolas recentemente construídas com técnicas de construção resilientes passam prova de fogo, sobrevivendo sem sofrer qualquer dano após a passagem do Ciclone Gombe.
Numa altura que marca os 3 anos após a passagem do IDAI, a situação que vive Moçambique mostra-nos uma vez mais a urgência de medidas face às alterações climáticas.
Os cíclicos desastres naturais que o país enfrenta tornam urgente a necessidade de melhorar a capacidade de adaptação do país. Prova disso são as últimas escolas construídas pela Oikos – cooperação e desenvolvimento, com materiais e técnicas resilientes ao impacto de chuvas fortes, ciclones e inundações.
Os complexos construídos em 2021, com apoio financeiro do Banco Mundial, em parceria com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e UN-HABITAT, não registam qualquer danificação nas instalações que incluem salas de aulas, blocos administrativos, sanitários e casas para professores para mais de 7000 alunos nos distritos de Muecate, Nacaroa e Monapo na província de Nampula.
Desta forma, comprova-se a eficácia e sustentabilidade de investir em técnicas de construção resiliente na edificação pública. A diferença desta construção é que combina materiais de construção convencional com o máximo de conhecimento e recursos locais, adotando padrões de construção melhorados e resultando numa melhor resiliência a futuras ameaças naturais.
Moçambique é alvo constante de desastres naturais, principalmente nas regiões centro e norte do país, com repercussões económicas e sociais graves, resultando num aumento da vulnerabilidade das comunidades e danos sérios nas infraestruturas sociais e produtivas. É preciso apoiar estas comunidades na preparação e gestão do risco de desastres naturais e contribuir com soluções preventivas e duradouras que reduzam o impacto destes fenómenos. A equipa da Oikos, com delegação própria na Ilha de Moçambique, está a colaborar com os Comités Operativos de Emergência de forma a dar a melhor resposta possível de forma coordenada e a sua equipa junta-se às comunidades nas tarefas de limpeza e de apoio à reconstrução de casas.
De acordo com os últimos dados do INGD, o ciclone tropical Gombe já afetou mais de 403 mil pessoas e provocou mais de 20.800 deslocados.