Equipas de terreno fizeram a recolha de dados para monitorização socioeconómicomica intercalar em comunidades piscatórias de São Tomé e Príncipe para avaliar os impactos do projeto e a evolução da percepção sobre a conservação marinha, em particular sobre a importância das Áreas Marinhas Protegidas.
Este inquérito ocorreu durante o mês de Setembro sendo que foram entrevistadas 2378 pessoas em 37 comunidades piscatórias (15 no Príncipe e 22 em São Tomé). Os resultados mostram que no Príncipe houve uma melhoria considerável das atitudes em relação à conservação marinha (97% em 2021 vs 61% em 2019).
O apoio à criação de uma área marinha protegida (AMP) co-gerida é generalizado no Príncipe (estima-se que 97,2% dos residentes concordam ou concordam totalmente) e também elevado em São Tomé (estima-se que 81,7% dos residentes concordam ou concordam totalmente, embora 13,6% sejam neutros).
Em ambas as ilhas, os participantes no projeto têm percepções significativamente positivas sobre o benefício das Áreas Marinhas Protegidas para aumentar a abundância de peixe assim como para benefício pessoal e para a sua família. Além disso, os pescadores e palaiês consideram que a criação destas áreas contribui para a sustentabilidade da pesca artesanal.
Há quase 3 anos que a Oikos trabalha em consórcio com a Fauna & Flora International, Fundação Príncipe e MARAPA neste projeto para o “Estabelecimento de uma rede de áreas marinhas protegidas em São Tomé e Príncipe através de uma abordagem de co-gestão”, sendo que foram já realizadas diversas ações para envolvimento das comunidades piscatórias e Instituições que implementam as políticas de gestão da pesca e conservação da biodiversidade.
Financiamento Blue Action Fund.