A Aliança para o Direito Humano à Alimentação na América Central (ADHAC) é composta por mais de 60 organizações sociais da Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. Promove a realização do Direito à Alimentação adequada na Região centro-americana por meio de investigação, sensibilização e advocacia participativa de propostas de regras e políticas ligadas à soberania e segurança alimentar, com ênfase na redução da vulnerabilidade alimentar, promovendo uma alimentação saudável para a Região.
A ADHAC promove iniciativas de economia solidária, defendem os interesses dos consumidores e promovem o direito humano alimentação, à soberania e segurança alimentar e nutricional com uma abordagem social e solidária. Conta com um escritório nacional em cada um dos cinco países, a partir dos quais se desenvolvem processos de diálogo e influência pública a nível nacional. Apoia também estes processos no território a nível local e de forma articulada num âmbito regional.
Vivemos uma grave e inaceitável realidade de insegurança alimentar de que sofrem todos os dias grande parte da população da América Central. Assim, é urgente a necessidade de rever e reformular as políticas existentes e as estratégias dos países e da região em todos os âmbitos e determinantes do Direito Humano à Alimentação, bem como a implementação.
A ADHAC manifesta que o Direito Humano à Alimentação é universal e não pode realizar plenamente esse direito se parte da população está excluída. Portanto, é obrigação essencial e primordial de cada estado da América Central e do Sistema de Integração Centroamericana (SICA), que cada uma das pessoas destes países tenham acesso físico e económico permanente a alimentos saudáveis, nutritivos e adequados à sua cultura alimentar, garantindo um desenvolvimento físico e emocional apropriado.
É urgente implementar um novo modelo de produção e um novo modelo de consumo que se orientada para o bem comum e não para os interesses de poucos. Requer-se uma mudança na cultura alimentar a favor de um sistema agroalimentar que dê prioridade ao local e à autosuficiência alimentar na Região.
A ADHAC acredita que estas alterações devem ser articuladas através do diálogo social entre todas as organizações, redes e movimentos sociais preocupados com o Direito Humano à Alimentação, de modo a que a participação cidadã no diálogo e influência nas pessoas e instituições tomadoras de decisão seja eficaz.
O evento de lançamento da ADHAC teve lugar dia 22 de outubro de 2015; no Hotel Hilton Manágua, na Nicarágua, no Fórum: “Governança e Direito à Alimentação na América Central”.
O evento foi presidido por:
» Sr. Laurent Sillano, chefe de cooperação da União Europeia em Manágua;
» Sra. Verónica Guerrero, representante da FAO na Nicarágua;
» Sr. Santiago Rivas, Secretário executivo do Fórum de Presidentes/as de Poderes Legislativos da América Central e Bacia do Caribe (FOPREL);
» Sr Miguel Lasfuentes, representante regional América Central da Oikos – Cooperação e Desenvolvimento;
» Sra. Matilde Rocha López, representante da ADHAC;
» Sr. Milton Castillo, Heifer International.
O lançamento desta rede teve um amplo destaque nos órgãos de comunicação social. Consulte:
» Siglo 21: Insegurança Alimentar afecta cerca de 2,3 milhões
» Rádio HRN: UE avisa que 2,3 milhões centroamericanos vivem em insegurança alimentar
» Fox News Latino: Lançada uma aliança pelo direito humano à alimentação na América Central
» La Prensa: Lançada Aliança para o Direito Humano à Alimentação na América Central
Este trabalho é apoiado pela União Europeia no âmbito do projecto GobSSAN: “Desenvolvimento da Plataforma PECOSOL-CONSUACCIÓN para a Segurança Alimentar e Nutricional na América Central “, também financiado pelo Instituto Camões, de Portugal. A Plataforma ADHAC tem também o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Democracia (UNDEF) com o projeto: “Empoderamento e Participação da Sociedade Civil Centro-americana no diálogo para o Direito à Alimentação”.
Ambos os projetos são liderados pela – cooperação e desenvolvimento, contando com parceiros locais nos diferentes países: Movimiento de Trabajadores Campesinos (MTC) da Guatemala; Asociación Centro para la Defensa del Consumidor (CDC) de El Salvador; Red de Comercialización Comunitaria Alternativa (Red COMAL) de Honduras; Federación Agropecuaria de Cooperativas de Mujeres Productoras del Campo de Nicaragua, R.L. (FEMUPROCAN); y la Coordinadora de Mujeres Campesinas (CMC) da Costa Rica; contando também com a participação da Consumers International, da Inglaterra.
