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Crise humanitária no Norte de Moçambique está perto de atingir as 800 mil pessoas

O mais recente ataque em Palma causou uma movimentação ainda maior de pessoas que fogem para outros distritos à procura de ajuda e sobrevivência face à crise humanitária no Norte de Moçambique que está perto de atingir as 800 mil pessoas. A Oikos está nestes distritos e está já a integrar algumas famílias deslocadas nas comunidades onde trabalha na área da segurança alimentar. 

Segundo últimos dados da OIM, há agora 16.444 pessoas deslocadas vindas da região de Palma e 43% são crianças. Procuram abrigo e comida nos distritos de Mueda, Nangade, Montepuez, Pemba e Nampula.  

 

A Oikos, presente de forma permanente nesta região há mais de uma década, está a coordenar com as Nações Unidas e parceiros dos clusters de ajuda humanitária para contribuir na resposta de emergência.  

 

Nos Centros de Acolhimento, falta de tudo para suprir as necessidades básicas: alimentação, higiene e abrigo, sem esquecer a necessidade de apoio à proteção, nomeadamente da violência a meninas e mulheres e às crianças no geral.  

Além do apoio aos Centros de Acolhimento, há ainda um risco de conflito eminente com as comunidades locais, que sentem a pressão da escassez de recursos. É uma zona onde a insegurança alimentar aguda persiste. A maioria das famílias muito pobres esgotou as suas reservas de alimentos e as mais vulneráveis estão a envolver-se em estratégias de sobrevivência, incluindo o consumo de alimentos silvestres.  

Nas famílias de acolhimento para onde são encaminhadas as pessoas deslocadas que saem dos Centros temporários, falta de tudo. Onde já faltava principalmente comida, as famílias tentam alimentar 3 a 4 vezes mais pessoas dentro do seu lar.  

No levantamento de necessidades imediatas feito pela Oikos, procuram-se apoios urgentes para alimentação, distribuição de Kits de Emergência, nomeadamente Kits de Higiene (ainda mais importante no contexto Covid), Kits de Abrigo e Kits Família com bens essenciais às pessoas deslocadas que continuam a chegar aos Centros de Acolhimento temporários. 

 

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