Em todo o mundo, uma em cada três mulheres e meninas é vítima de algum tipo de agressão. Hoje, 25 de novembro, que o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres não nos deixe esquecer que uma mulher com idade entre os 15 e 44 anos corre um risco maior de ser vítima de violação ou violência doméstica do que ser vítima de cancro, acidente de carro, guerra ou malária. Uma em cada três mulheres é vítima de violência, uma em cada três raparigas casa-se contra a sua vontade e mais de 200 milhões já foram submetidas a mutilação genital feminina.
Este é um tema muito presente em diferentes projetos da Oikos.
Em Portugal é junto do público mais jovem que atuamos, trabalhando sobre Igualdade de Género e redução da violência no namoro. Muitas vezes as situações de violência precisamente na adolescência e em ambiente escolar. Dezenas de escolas já participarem na produção de curtas metragens abordando temas como: violência no namoro, bullying de género, participação política, violência doméstica, desigualdades salariais, entre outros.
Também de há 5 anos para cá que na Guatemala, Honduras e Nicarágua, a Oikos que tenta por fim à violência contra as mulheres que vivem com o vírus VIH, ainda que esta violência faça parte de um sistema que tem por base a própria violência o que requer, à partida, medidas mais amplas. Reconhecer que o círculo vicioso estigma-discriminação-violência de género-violação dos Direitos Humanos (DH) existe, não é suficiente para terminar com ele. A mudança de atitudes e comportamentos quanto à comunidade através de ações de sensibilização em masculinidade e equidade, o trabalho com familiares de mulheres seropositivas e a população onde estão inseridas, fazem partes dos objetivos deste projeto.
Em todo o mundo, as mulheres continuam a ser o elemento fundamental para manter unidas as famílias, as comunidades e as nações. Este Dia Internacional relembra-nos do nosso compromisso com os Direitos Humanos das Mulheres. Canalizemos mais recursos para a luta contra este tipo de violência e façamos tudo o que for necessário para pôr fim, de uma vez por todas, a agressões horríveis que diariamente mulheres e raparigas sofrem.
Mais dados…
» Segundo as Nações Unidas, a maioria dos atos de violência física ou sexual são cometidos por um parceiro. Metade das mulheres mortas em todo o mundo foram assassinadas por parceiros ou familiares. Em comparação, apenas um em cada 20 homens foram mortos nas mesmas circunstâncias.
» Apenas 52% das mulheres casadas têm liberdade para tomar decisões sobre relações sexuais, uso de contraceptivos e assistência médica.
» Cerca de 71% de todas as vítimas de tráfico de seres humanos são mulheres e meninas, e três em cada quatro são exploradas sexualmente.
A campanha #PortugalContraAViolência é hoje lançada pelo Governo e Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), enfantizando a necessidade de rutura com crenças e preceitos culturais que continuam a normalizar e legitimar a violência contra as mulheres.
A violência contra as mulheres e a violência doméstica são crime público e uma responsabilidade coletiva. Ligue 800 202 148