A oikos aplaude a escolha de Muhammad Yunus e do Grameen Bank como prémio Nobel da Paz. Trata-se de uma mensagem enviada aos líderes políticos dos EUA e da Europa que, preocupados com o discurso da segurança e da luta contra o terrorismo, parecem esquecer a premência da luta contra a pobreza.
As razões que levaram à distinção de Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank, com o prémio Nobel da Paz, prendem-se com a sua contribuição para o desenvolvimento do microcrédito. Como referiu Ole Danbolt Mjoes, director do comité do Nobel, “a paz duradoura não pode ser alcançada a não ser que uma larga maioria da população encontre formas de acabar com a pobreza (…) e o microcrédito é uma dessas formas”.
Mais de três mil milhões de pessoas pobres, que vivem com menos de $2 USD/dia, procuram acesso a serviços financeiros básicos, que podem representar um elemento critico no sentido de minorar o seu estado de pobreza. A maioria das pessoas nos países em desenvolvimento – que constituem a maioria da população mundial – não goza de acesso a serviços financeiros formais. Poucos são aqueles que beneficiam de uma conta poupança, de um empréstimo, ou de formas adequadas de transferirem o seu dinheiro. Aqueles que alcançam o objectivo de abrir uma conta, são normalmente discriminados.
A intervenção da oikos no domínio do micro crédito tem uma incidência a três níveis, a saber:
– disponibilidade de recursos financeiros para financiar actividades de geração de rendimento;
– o acesso equitativo ao crédito e recursos financeiros;
– a utilização adequada dos instrumentos de crédito para garantir a boa gestão e viabilidade dos mesmos.
Clicando aqui poderão encontrar um documento em formato pdf com a política de microcrédito da oikos e exemplos de projectos concretos em Angola, Moçambique e Peru.
Com o objectivo de fomentar o conhecimento e as boas práticas do microcrédito a oikos está a ultimar o lançamento de seis publicações referentes a este tema:
– A situação da finança ética na Europa
– Boas Práticas em Microfinanças: Para um construção de sistemas financeiros inclusivos
– Fundos de investimento e microfinança: características chave e boas práticas
– Responsabilidade social das empresas e finança ética
– Comércio Justo e Finança Ética: Sinergias para o Desenvolvimento
– Microfinanças – Um estudo de caso: Amoder em Moçambique
Para mais informações contactar:
João José Fernandes
Director Executivo
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