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Tráfico de seres humanos em Portugal aumenta 16%

Mundialmente, as mulheres jovens e as crianças são as vítimas mais vulneráveis, e muitas vezes caem no mercado da exploração sexual ou em trabalhos forçados depois de aliciadas pelos traficantes que lhes prometem melhores condições de vida. 

Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2022, em Portugal registaram-se 358 sinalizações de tráfico de seres humanos (mais 50 do que no ano anterior), sendo que entre estes números estão 26 menores com uma idade média de 14 anos, oriundos principalmente do continente africano. 

A exploração sexual e laboral, a adoção ilegal, e a prática de atividades criminosas são alguns dos tipos de exploração reportados, sendo que as vítimas adultas vêm da Ásia, África e América do Sul para fins de exploração laboral e encontram-se maioritariamente no Alentejo (Beja) para trabalho na agricultura. 

A Oikos pretende contrariar esta realidade, e alertar ativamente para o tema e para a defesa dos direitos das vítimas. Assim, nas palavras de Márcia Enes, coordenadora da delegação Norte, a Oikos tem desenvolvido um vasto trabalho na área da prevenção do Tráfico de Seres Humanos e exploração laboral, desde ações de sensibilização e workshops informativos dirigidos aos mais jovens, campanhas de sensibilização escolares e campanhas de sensibilização da sociedade civil, capacitação de profissionais (na sua maioria professores) para atuarem ao nível da informação/sensibilização, e disseminação de conteúdos e materiais sobre Tráfico de Seres Humanos.  

Nos projetos que implementa, a Oikos procura “envolver ativamente os beneficiários nos projetos, ou seja, fazer com que eles sejam agentes ativos da mudança”, nomeadamente através de atividades desenvolvidas nas escolas, com alunos e professores. A Educação pela Arte é também uma metodologia utilizada pela Oikos, nomeadamente no contexto de campanhas de sensibilização e Oficinas de Expressão Artística realizadas com jovens. 

Assim, é intuito da Oikos “dar continuidade a estes projetos de prevenção do tráfico de seres humanos, fenómeno que infelizmente continua a ser uma realidade”, especialmente porque “todos os anos nos aparecem novos alunos nas escolas que desconhecem totalmente este fenómeno”, refere Márcia Enes. 

Neste crime obscuro e abstrato, onde as “vitimas não têm um rosto específico”, é necessário ficarmos alertas e contribuirmos enquanto cidadãos ativos, para que mais pessoas não sejam enganadas e iludidas na hora em que lhes é prometida uma vida melhor.

A Oikos tem um site dedicado exclusivamente a este tema, onde disponibiliza informação sobre o tipo de trabalho que realiza e materiais de sensibilização produzidos (alguns disponíveis para download gratuito), assim como informação sobre o fenómeno, nomeadamente formas de prevenir e combater e mecanismos de denúncia.

Conheça e partilhe: www.oikos.pt/traficosereshumanos