A Oikos inicia em Fevereiro, em Cuba, um novo projecto financiado pela Comissão Europeia para promoção de quintas agro-energéticas sustentáveis, contribuindo para o desenvolvimento de zonas rurais.
A ausência considerável de recursos energéticos próprios obriga a que o país tenha uma dependência energética que necessita de reduzir. Entre as principais prioridades do Estado cubano estão a procura e exploração de fontes não convencionais de energia que tenham em conta as necessidades energéticas de sectores vitais como a produção de alimentos e, em especial, serviços que exijam a utilização de combustíveis líquidos, onde seja fácil a sua substituição, entre outros, por biocombustíveis.
Assim, a proposta da Oikos e dos seus parceiros constitui uma experiência piloto na qual se promovem modelos agro-florestais energeticamente sustentáveis que integrem a produção de energia e alimentos. Trata-se de um projecto multi-institucional, multidisciplinar, participativo e multidimensional (tecnológica, produtiva, económica, social e ambientalmente), que articula o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a assimilação de conhecimentos, tecnologias e experiências disponíveis e apropriadas em Cuba e à escala mundial.
Desta forma, pretende-se promover o desenvolvimento e adopção de tecnologias, bem como a criação de infra-estruturas energéticas, que contribuam para uma melhor utilização e gestão do capital e potencial energético renovável do país, fomentando a diversificação e descentralização das fontes de energia.
Este projecto dirige-se a 1020 pessoas, camponeses e trabalhadores agro-pecuários pertencentes a 7 cooperativas do município de Martí, província de Matanzas. Estes serão os protagonistas das soluções inovadoras agro-energéticas propostas e, simultaneamente, os principais beneficiários.
Numa perspectiva mais geral, os beneficiários finais são os 25.187 habitantes do município, uma vez que a acção constitui um impulso ao desenvolvimento autónomo da localidade, contribuindo para um aumento da qualidade de vida e melhora económica das comunidades, através de uma influência positiva nas fontes energéticas e meio ambiente local, dinamização da produção de alimentos e criação de novos postos de trabalho.
Através das actividades de disseminação e multiplicação de resultados, prevê-se uma incidência indirecta na população, inicialmente na província de Matanzas (684.319 habitantes) e depois nas restantes províncias cubanas.