Reforçar a resiliência das comunidades e a capacidade de preparação e resposta face a desastres naturais extremos, minimizando assim os impactos causados, tanto a nível humano, como a nível económico, é o que pretende este novo projeto da Oikos em Moçambique.
Com duração de 36 meses, o projeto será implementado em 6 comunidades de dois Distritos da Província de Nampula: Mossuril e Ilha de Moçambique. Historicamente, estes dois Distritos têm estado submetidos a situações de emergência, nomeadamente ciclones e inundações. Estas condições de perigosidade exigem uma população informada, atenta e capacitada para gerir o risco destes desastres, diminuindo os prejuízos causados pelos mesmos. É no sentido de responder a estas questões que surge a necessidade deste projeto.
Para isto, a Oikos, em conjunto com mais dois parceiros locais, irá replicar experiências de projetos anteriores em novas localidades, com o objetivo de criar “comunidades-modelo” em termos da gestão do risco de desastres naturais, e a resposta aos mesmos. Com este fim, será implementada a Rede de Sistema de Alerta Precoce (SAP), em 6 novas comunidades, que lhes possibilita prever com mais antecedência, e se preparar para a ocorrência de eventos extremos.
Para a gestão desta Rede, aposta-se na capacitação das comunidades e autoridades locais, com a criação de 6 novos Comités Locais de Gestão de Risco (CLGR), que conta com a participação de diferentes atores sociais.
Constata-se também que a população desta zona tem na pesca sua principal fonte de alimento, em complemento com o cultivo de algumas outras culturas agrícolas. Desta forma, as culturas locais expostas a ventos fortes durante a estação dos ciclones, por exemplo, traduz-se num risco elevado de perdas de reservas de alimentos. De modo a minimizar isto, serão também desenvolvidas iniciativas para a capacitação destas famílias rurais vulneráveis, que possam assegurar a sua capacidade produtiva e o acesso aos recursos alimentares.
A Oikos tem estado a trabalhar nesta Província nos últimos anos através de dois projetos financiados pela Comissão Européia. Através destes projetos, desenvolveu um esforço considerável para apoiar o estabelecimento de um SAP, formação de todos os atores envolvidos neste sistema, incluindo a criação dos CLGR. Introduziu também o conceito de preparação perante riscos através de atividades de sensibilização, proteção de casas, fontes de água, etc. Em parceria com a FAO, implementou ainda atividades de adaptação da agricultura junto de comunidades locais.
No total, com este novo projeto, serão beneficiadas 30.842 pessoas.