No Ano Internacional de Cooperação pela Água, declarado pelas Nações Unidas como tal, a ONU e seus parceiros apelaram na quinta-feira, 21 de fevereiro, à comunidade internacional para priorizar a garantia do acesso à água e saneamento para as populações vulneráveis na agenda de desenvolvimento “pós-2015″, enfatizando que isso ajudaria no combate à desigualdade e na promoção dos direitos humanos e sustentabilidade.
De acordo com o comunicado conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres); da relatora especial da ONU para água e saneamento, Catarina de Albuquerque; da Finlândia e da organização Water Aid: “A agenda de desenvolvimento futuro deve visar ao enfrentamento do mais persistente de todos os desafios: desigualdades no acesso a serviços essenciais para realizar os direitos das pessoas“.
“Fundamentalmente, entre estes serviços essenciais, deve-se mirar o direito para qualquer pessoa a ter igualdade de acesso a água, saneamento e higiene. Uma atenção especial deve ser dada às mulheres e meninas, que são desproporcionalmente afetadas pela falta desses serviços“, acrescentou a declaração.
Com diversas movimentações internacionais, de diferentes atores, para uma melhor definição de quais serão as propostas sucessoras dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que devem ser cumpridos até 2015, o documento de apelo declara: “Às vésperas das consultas sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015, acreditamos que o mundo deve alcançar e desenvolver os ODM, mas deve também criar metas ainda mais ambiciosas. Os objetivos devem criar incentivos para a mudança – uma mudança que vai atingir toda mulher, homem, meninos e meninas“.
Relativamente ao acesso à água e ao saneamento básico, a Oikos promove e divulga em Portugal a Campanha Right to Water, primeira Iniciativa de Cidadãos Europeus que visa pressionar a Comissão Europeia a criar legislação que implemente o direito humano à água e ao saneamento no espaço europeu, assim como garantir que sejam disponibilizados a todos como um serviço público. Mais informações sobre esta campanha em: www.right2water.eu.
* Texto original publicado no site EcoD. Fotografia de: Albert Gonzalez Farran/UN.