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Oikos participa em abaixo-assinado que exige um processo de seleção justo e transparente do próximo diretor do FMI

A Oikos assinou uma carta aberta, publicada a 20 de Agosto deste ano, que exige transparência no processo de seleção do próximo diretor do FMI.

O denominado “gentleman’s agreement” garante que o diretor do FMI seja um cidadão europeu e que o presidente do Banco Mundial seja americano. Para os assinantes desta carta aberta, o acordo, já com 75 anos de existência é antidemocrático, ilegítimo e baseia-se em princípios neo-coloniais.

 

O recente processo de nomeação do novo presidente do Banco Mundial, David Malpass em Abril de 2019 demonstrou a força deste “gentleman’s agreement”, apesar de mais de 150 organizações da sociedade civil e indivíduos terem publicado um abaixo-assinado exigindo que esta sucessão fosse feita através de um processo aberto, transparente e imparcial. Assim, pela atual procura de um novo diretor do FMI, as mais de 100 organizações assinantes desta carta aberta exigem um processo de seleção genuinamente aberto, transparente, democrático e digno do próximo diretor do FMI.

 

Estes processos de seleção têm que ser desmantelados a favor de uma transparência de forma a facilitar o escrutínio público dos candidatos. A natureza de seleção baseada na transparência implica o compromisso de terminar com esta convenção em que os candidatos têm que ser apoiados pelo governo dos seus países de origem, o que restringe o número de candidatos, bem como devem passar a existir entrevistas públicas, procedimentos de voto transparentes e períodos de tempo suficiente que permitam a deliberação dos candidatos.

 

O Projeto Brenton Woods (Brenton Woods Project, BWP) é uma rede da sociedade civil estabelecida em 1995 no Reino Unido e impulsionadora desta carta aberta, que tem a visão de um sistema económico global que opere nos princípios básicos de justiça, igualdade, igualdade de género, direitos humanos e sustentabilidade ambiental, através de instituições internacionais democráticas, inclusivas, transparentes, responsáveis e responsivas aos cidadãos, especialmente os mais pobres e vulneráveis.

 

» Link da carta-aberta

» Link do abaixo-assinado para parar a seleção do presidente do Banco Mundial

» História do BWP