Consulte o artigo publicado na revista da SGS, líder mundial no domínio da Inspecção, Verificação, Análise e Certificação.
«OIKOS publica Relatório de Sustentabilidade verificado pela SGS ICS
A necessidade de repensar o seu modelo de gestão e posicionamento enquanto ONGD com intervenção transnacional levou a OIKOS a enveredar por um processo de introspecção interno, de empowerment e de partilha com os diferentes stakeholders totalmente inovador e pioneiro entre as organizações do chamado Terceiro Sector ou da Economia Social.
“A actividade da OIKOS deve criar valor, para além dos seus beneficiários finais, para os seus stakeholders identificados, potenciando assim a sua própria sustentabilidade e contribuindo para o desenvolvimento das restantes organizações do Terceiro Sector”, explica João Carvalho, director de Desenvolvimento da OIKOS.
Simultaneamente, e perante os desafios que o contexto mundial actual coloca às organizações (empresas privadas e públicas, instituições públicas, privadas, ONG, cooperativas, fundações, associações, etc.) e aos indivíduos enquanto actores/agentes e objectos da mudança, “a postura de uma ONG não pode assentar numa lógica de confronto ou de crítica, mas sim numa lógica de facilitação e de parceria. A complexidade dos problemas exige uma multiplicidade de soluções e, consequentemente, a actividade de uma ONG não pode ficar confinada a uma única perspectiva, tornando-se tridimensional.
Por outro lado, e mais do que nunca, levanta–se a questão da legitimidade, da capacidade para gerir os recursos (económicos, humanos, ambientais, culturais, etc.) da sua responsabilidade (correlacionada com o seu desempenho) e, sobretudo, de prestar contas (accountability) a todas as partes interessadas relativamente à forma como esses recursos são geridos”, sintetiza o director de Desenvolvimento da Instituição.
As reacções positivas à publicação do Relatório de Sustentabilidade da OIKOS, devidamente verificado e validado pela SGS ICS, não se fizeram esperar, designadamente por parte das instituições portuguesas e comunitárias que financiam os projectos, como o IPAD – Instituto de Apoio ao Desenvolvimento e a DG ECHO – Direcção Geral de Assuntos Humanitários, e até mesmo por parte de outras ONG de dimensão e actuação a nível global, como é o caso da Oxfam International, parceira da OIKOS em alguns projectos.
O passo dado pela OIKOS é encarado pelas organizações congéneres internacionais como extremamente corajoso, como enfatiza João José Fernandes, director-geral executivo. São ONG que têm já uma enorme experiência em accountablity centrada na dimensão de projectos, beneficiários e financiamentos, mas não de uma forma integrada, na dimensão organizacional, como conseguimos aqui na OIKOS, e querem beneficiar da nossa experiência, o que nos deixa muito satisfeitos. No nosso país não há tradição desta cultura de comparação, de partilha do conhecimento, das organizações prestarem contas a terceiros e de se sujeitarem à sua avaliação, mas são todos estes factores que tornam um sector, qualquer sector, competitivo. As organizações/empresas só são competitivas se o sector onde actuam também for. Por isso, o nosso Relatório de Sustentabilidade, o produto tangível que resulta deste processo organizacional e de melhoria contínua, o suporte da nossa forma de estar e de actuar, está disponível na internet (www.oikos.pt) para quem quiser conhecer e aprender com a nossa experiência. Para nós, o desafio mais importante é, sem dúvida, o de conseguir transformar o Relatório num instrumento que fortaleça o Terceiro Sector e sirva de interface com os sectores público e privado.”E da agenda constam já encontros com responsáveis de instituições públicas e privadas e outras ONG como a FL AD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, a Comissão para a Igualdade do Género e de Oportunidades, a Quercus e os Médicos do Mundo, entre outros.
No Relatório de Responsabilidade OIKOS (ano zero 2006-07), a par das responsabilidades já assumidas, da demonstração de resultados mensuráveis das suas acções e do valor acrescentado que incorporou a cada projecto e no global, entre muitas outras informações, estão também os compromissos que a ONG assume perante os stakeholders em relação ao futuro próximo, tanto ao nível de governance, como da cadeia de valor responsável e da responsabilidade ambiental e social.
“Entre outras, é importante que saibamos responder a questões como ‘Que benefício é que a nossa actuação cria aos stakeholders e à sociedade?’ O objectivo deste Relatório é partilhar as respostas”, conclui o director-geral executivo da OIKOS.
Sobre a OIKOS
A OIKOS – Cooperação e Desenvolvimento é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD). Constituída em 1988, desde 1992 que é reconhecida pelo Estado Português como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública e desde 2002 que integra o Conselho Económico e Social das Nações Unidas com o estatuto consultivo.
A actividade da OIKOS desenvolve-se nas áreas da emergência/acção humanitária, desenvolvimento/vida sustentável e mobilização/cidadania global em Portugal, Angola, Moçambique, Indonésia e em vários países da América Latina e da Ásia.
Toda a intervenção da OIKOS é estruturada através de programas e de projectos desenvolvidos no quadro de parcerias com entidades públicas ou privadas: colaboradores, promotores, financiadores, doadores, parceiros locais, prestadores de serviços, entidades auditoras, beneficiários e grupos-alvo.
Alguns números a reter:
383.770 – Média anual de beneficiários/dia
106,27% – Performance da intervenção da OIKOS nos países em desenvolvimento
93 Euros por ano – Permitem obter os recursos necessários para a redução da vulnerabilidade e da capacitação de uma família beneficiária da nossa actividade
O Grupo SGS é o líder mundial no domínio da Inspecção, Verificação, Análise e Certificação. Fundada em 1878, a marca da SGS está estabelecida como símbolo e referência em qualidade e integridade. Com mais de 53,000 funcionários, a SGS opera uma rede de mais de 1000 escritórios e laboratórios em todo o mundo.»