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“O Mundo tem que acordar” é a mensagem aos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU

Estão reunidos, de 21 a 24 de setembro em Nova Iorque, representantes dos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas para a 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

Os representantes das várias Nações discutem sobre os principais problemas do Mundo e tentam encontrar soluções.

 

No seu discurso, Abdulla Shahid, Presidente Geral da Assembleia das Nações Unidas, apresentou as cinco prioridades: recuperar após-pandemia, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas.

 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, iniciou o seu discurso dizendo: “Estou aqui para soar o alarme: o mundo tem de acordar. Estamos à beira de um abismo e a ir na direção errada”. Alertou, ainda, para o facto de a xenofobia, a misoginia, as conspirações odiosas, a supremacia branca e as ideologias neonazis estarem em crescimento.

 

Na conferência, Guterres afirmou que a crise climática, o conflito crescente, a pobreza e a desigualdade “são problemas que criamos e que temos e podemos resolver”. Insistiu na ideia de que nunca o Mundo esteve tão ameaçado e dividido, num período em que se vivem múltiplas crises como a da pandemia causada pela covid-19, as alterações climáticas e, ainda, as situações dramáticas de países como o Afeganistão, a Etiópia e o Iémen. Guterres lembrou, ainda, que há uma “onda de desconfiança e de desinformação” que está a dividir as populações, colocando em causa os direitos humanos e a ciência.

 

O Presidente da República português, na sua intervenção, evidenciou que “a pandemia, a crise económica e social dela emergente e a recente revolução no Afeganistão” demonstram que “a governação de um mundo multipolar exige compromisso e cooperação entre as nações”, deixando claro que o multilateralismo é a “única arma global” para os problemas da Humanidade.