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Moçambique atinge o objetivo do Milénio na redução da fome

Apesar de não ter atingido as metas, mais ambiciosas da World Food Summit (WFS) de 1996, Moçambique cumpriu o primeiro Objetivo do Desenvolvimento do Milénio (ODM), no que diz respeito à redução de pessoas que passam fome.

A insegurança alimentar foi reduzida de 35% em 2006 para 24% em 2013.


Este ano de 2015 é marcado pelo fim da Agenda do Milénio (2000) e do ciclo de monitoria sobre as suas metas e do compromisso de reduzir para metade os níveis de fome e má nutrição que foram instituídos na cimeira Mundial de Alimentação em 1996.

 

Moçambique reduziu a insegurança alimentar de 61% em 1997 para 35% em 2006 e 24% em 2013. O número de famílias com dieta adequada aumentou de 50% para 67%, a produção dos alimentos também teve um aumento significativo, nomeadamente a produção de cereais, de leguminosas, raízes e tubérculos.

 

O consumo de alimentos de proteína animal também aumentou. Houve uma melhoria das infraestruturas de escoamento e armazenamento de produtos alimentares, contribuindo assim para a melhoria ao acesso físico a produtos processados, como por exemplo, o açúcar.

 

Ainda houve uma redução anual do preço de alguns alimentos face a 2006, levando ao aumento da disponibilidade desses produtos, sobretudo cereais, leguminosas e frango.

 

O governo moçambicano aponta também para um maior índice no consumo de água potável devido, sobretudo, aos esforços feitos para que a água chegasse a mais populações.

 

Apesar de todos estes progressos, não houve uma redução significativa no número de crianças, menores de cinco anos, que sofrem de desnutrição crónica. Os dados apontam para uma redução de apenas 3% entre 2006 e 2013.

 

Muito há ainda por fazer neste e noutros campos. A Oikos – Cooperação em Desenvolvimento, a trabalhar em Moçambique desde 1990 nas áreas, entre outras da Segurança Alimentar e Desenvolvimento Rural, continuará a contribuir para que estes importantes progressos no país não cessem de ocorrer.  

 

Fonte: “The State of Food Insecurity in the World – 2015” – Relatório da FAO