Terminou a 26ª Cimeira pelo Clima das Nações Unidas (COP26) onde estiveram representados quase 200 países. A Oikos, a ZERO e a Fundação Fé e Cooperação (FEC), fizeram uma análise global dos 12 dias de evento.
Consideramos que as medidas adequadas no combate à crise climática exigiam uma resposta satisfatória em todas as frentes: mitigação, adaptação, financiamento e justiça climática. Em nenhuma delas a COP cumpriu inteiramente.
As negociações ficaram bem aquém de assegurar uma trajetória que garantisse um aquecimento não superior a 1,5°C em relação à era pré-industrial. Trata-se de um status quo iníquo, para a resolução do qual a 26ª Cimeira do Clima não deu os contributos necessários. Contudo, se o texto final não agrada inteiramente a ninguém, não deixa de ser uma base para progressos futuros.
No final, a emenda proposta pela Índia de considerar a redução do uso de carvão ao contrário da sua eliminação é lamentável e mostra a enorme dependência de muitos países deste combustível fóssil em particular que é um elemento fundamental da descarbonização global.
Esta COP não assegurou 1,5°C, mas deixou uma porta entreaberta para tentarmos lá chegar. A COP26 vai assim a prolongamento na Cimeira do Clima no Egito em 2022, tempo extra que temos o dever de usar sabiamente.
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