O clima global está a mudar e as consequências já estão à vista em São Tomé e Príncipe. Elevação do nível do mar, modificação do regime das chuvas, perda de biodiversidade e degradação dos ecosistemas são alguns dos efeitos das Alterações Climáticas que o país sente ne pele e que constituem desafios de primeira importância para os atores públicos e da sociedade civil organizada nacional.
Neste contexto, o projeto FOR.BIO.STP organizou, entre março e abril, uma formação dirigida aos representantes das organizações da sociedade civil de São Tomé e do Príncipe. Participaram representantes das ONGs: Alisei, ADAPPA, MARAPA, ZATONA-ADIL, TESE, Leigos para o Desenvolvimento, Qua Tela, ARPA, AMP e Muchopé.
A formação foi ministrada pelo biólogo e técnico da Oikos José Luís Monteiro. Teve como objetivo principal dotar os formandos de conhecimentos sobre as alterações climáticas que permitam a inclusão desta temática nos projetos e atividades das ONGs a que pertencem, melhorando assim o impacto da sua ação. Para além da formação técnica, também foi relaizada uma visita ao terreno para visitar sítios vulneráveis e os projetos em curso para mitigar os efeitos das Alterações Climáticas.
Foram abordados temas como os diferentes cenários de alterações climáticas, o conceito de vulnerabilidade, os impactos sociais e económicos e sobre os ecossistemas, proetos e iniciativas de mitigação e adaptação.
No decorrer das sessões, os formandos tiveram a oportunidade de elaborar propostas de projetos de adaptação nas duas ilhas, e realizar análises custos-benefícios com exemplos práticos.
A próxima formação programada para os meses de maio e junho terá como tema a Valorização dos Serviços dos Ecosistemas, e será realizada por uma formadora da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.