Os problemas dos preços dos alimentos ainda não terminaram, apesar das tréguas atuais nos mercados, afirmou o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva numa reunião ministerial sobre os preços dos alimentos a nível internacional em que participaram cerca de 30 ministros da agricultura.
O Diretor-Geral reconheceu que a reunião deste ano se realiza num clima menos problemático do que o primeiro evento em Outubro de 2012, quando os ministros chegaram a uma resposta coletiva para a terceira grande subida nos preços dos cereais em 5 anos.
Mas embora os preços tenham estabilizado, o DG alerta para que os países não “baixem a guarda”: “Os preços internacionais baixaram, mas ainda estão acima dos seus níveis históricos. E é esperado que se mantenham voláteis nos próximos anos, alertou.”
José Graziano da Silva também encorajou os países a aproveitarem a tranquilidade actual para se preparem para a turbulência do futuro mercado e a encontrar soluções duradouras para as questões relacionadas com a volatilidade dos preços dos alimentos.
“Se os preços mais altos e voláteis estão aqui para ficar, então temos de nos adaptar a este novo padrão”, sublinhou.
Duas questões cruciais para os países enfrentarem serão como ajudar os agricultores de pequena escala mais pobres a beneficiar da subida de preços dos alimentos, e como proteger as famílias com baixos rendimentos que irão sofrer do resultado dos mesmos.
Ainda de acordo com o director geral, o Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS) criado pelo G20 em 2011 revelou-se uma nova arma eficaz na luta contra a volatilidade do preço excessivo, fornecendo informações confiáveis e aumentando a transparência no mercado internacional de alimentos.
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Inglês:
https://www.fao.org/news/story/en/item/201818/icode/
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