“O trabalho da Oikos em Acção Humanitária não reside apenas no esforço em salvar vidas, aliviar sofrimento ou ajudar a manter a dignidade humana. Para a Oikos, a acção humanitária é a primeira fase de um processo de desenvolvimento, contínuo e sustentável, através do qual as próprias populações desenvolvem capacidades que lhes permitam reduzir as suas vulnerabilidades para resistir e enfrentar os impactos de ameaças externas, sejam elas naturais ou humanas.”
Ricardo Domingos, Director de Operações da Oikos
Para a Oikos, os dois pilares fundamentais da acção humanitária são a assistência e a protecção. De uma forma geral, toda a acção humanitária contribui para assistir e proteger as pessoas mais vulneráveis perante uma situação de emergência, verificada ou potencial.
Uma emergência é sempre uma situação extraordinária, presente ou iminente, na qual existem ameaças sérias e imediatas à vida humana e/ou aos meios de vida sustentáveis que fornecem o suporte a uma existência digna. Contudo, nem sempre é evidente o que constitui uma situação de emergência. O mesmo fenómeno pode causar impactos muito diferenciados, devido aos distintos graus de vulnerabilidade ambiental, social e económica das populações atingidas.
Em que situações a Oikos desencadeia uma resposta de Acção Humanitária?
Os critérios que habitualmente a Oikos segue no processo de decisão são:
» nível de necessidades, avaliadas segundo referenciais técnicos;
» espaço humanitário, cobertura das necessidades por parte de outras entidades;
» a existência ou não de um apelo internacional ou de um pedido das autoridades locais competentes à assistência internacional;
» a nossa capacidade de intervenção, tendo em consideração: conhecimento do terreno e dos sectores de intervenção prioritários, a existência de recursos financeiros acessíveis, a capacidade operacional própria e/ou através de parceiros locais e internacionais, o acesso às populações mais necessitadas e, finalmente, critérios de segurança para equipas e meios da Oikos.
A resposta humanitária da Oikos em 3 fases
A resposta humanitária da Oikos estende-se por três fases, dependendo das circunstâncias e do momento:
1- Emergência
2 – Reabilitação
3 – Preparação e prevenção de catástrofes
É fundamental, numa lógica de desenvolvimento sustentável, entender a acção humanitária como um inicio de continuum ou como um processo de preservação ou de reparação, no mais curto espaço de tempo possível, das condições e dos meios de subsistência dos mais vulneráveis.