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Correntes de lama arrasam aldeias de Moçambique: mais de 400 mil pessoas em perigo

A Oikos já está no terreno em coordenação com as Nações Unidas e os parceiros humanitários, pronta para apoiar o governo e responder a esta emergência.

O alerta está dado: 400.000 pessoas precisam de ajuda de emergência urgente em Moçambique, afetadas pelo ciclone tropical IDAI que está a deixar uma onda de destruição com chuvas torrenciais e ventos fortes.

 

O ciclone, que chegou dia 14 de Março, está a afetar fortemente as Províncias da Zambézia, Manica, Sofala e Inhambane.

 

Enquanto o impacto total se tornará mais claro nos próximos dias, os relatórios iniciais indicam perda de vidas e danos significativos em todas as infraestruturas.

Com base nas informações preliminares, estima-se que 600.000 pessoas serão gravemente afetadas pelo impacto do ciclone IDAI, incluindo 100.000 pessoas já afectadas pelas inundações no início de Março nas províncias de Tete e Zambézia.

É imperativo agir com urgência para apoiar os mais atingidos pela tempestade.

 

Estimativas iniciais indicam níveis variados de destruição e interrupção de serviços como:

1) danos a escolas e unidades de saúde, incluindo materiais e bens armazenados;

2) danos aos cultivos, incluindo cerca de 85.000 hectares de culturas já afetadas por inundações no início de Março, o que prejudicará a segurança alimentar e nutrição das populações, incluindo as pessoas mais vulneráveis já afetadas pelas cheias e secas anteriores; 

3) destruição e interrupção do abastecimento de água devido a fortes ventos e inundações;

4) danos nas infraestruturas de saneamento que aumentam o risco de doenças transmitidas pela água e a prevalência de água contaminada;

5) destruição de casas e perda de itens não alimentares;

6) aumento dos riscos de proteção, particularmente para mulheres e crianças, incluindo aumento do risco de violência baseada em género e risco de deslocamento.

 

Para ajudar a população mais vulnerável, a Oikos já está a trabalhar com as Nações Unidas e restantes ONGs no local num sistema multissetorial inicial de resposta dando prioridade às atividades de segurança alimentar e nutrição, água, abrigo, proteção, educação e saúde.

 

Foto © Unicef/Juskauskas