Carlos e Lino José são irmãos e têm uma idade combinada de 157 anos. Reformados, vivem em Vila Malanza e são canoeiros, mostrando a beleza e os encantos da maior área de mangal em São Tomé e Príncipe.
Afirmam gostar muito de fazer estes passeios com os turistas, onde mostram “vários animais como os macacos, caranguejos e diversas aves como o pato de água, falcão e a garça.”
Os irmãos e outras 20 pessoas da comunidade receberam formação sobre a biodiversidade única deste ecossistema, de modo a tornarem-se canoeiros e guias locais. Foi criada uma sede e dado apoio para funcionar uma Associação de Canoeiros, que reúne as condições necessárias para o seu trabalho ser mais estruturado. Estas famílias têm agora uma nova fonte de rendimento, que contribui igualmente para promover o turismo sustentável na região.
“Desde que entrámos neste projeto não nos falta o pão nosso de cada dia, o que recebemos nos ajuda muito e a toda a comunidade de Malanza”, completa um dos irmãos.
Os mangais são florestas únicas, altamente produtivas e complexas, que se desenvolvem em áreas de transição entre o ambiente terrestre e marinho. O Projeto de Gestão Participativa dos Mangais de Malanza e Praia das Conchas foi implementado de forma a conservar as últimas florestas de mangal de São Tomé.
Foram atualizados os planos de gestão participativa destas duas áreas de mangal, com o envolvimento das comunidades locais, melhorando o conhecimento científico sobre a composição e dinâmica deste ecossistema, e capacitando e implementado os mecanismos de acompanhamento e fiscalização destes planos.
Um projeto que contou com o financiamento da Critical Ecosystem Partnership Found.