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A Oikos não tolera qualquer tipo de fraude ou desvio de ajuda humanitária

Na sequência de notícias sobre desvio de alimentos em Moçambique pela equipa contratada para apoio logístico num dos projetos de emergência da Oikos, partilhamos que este é um comportamento não tolerável e que foi denunciado às autoridades moçambicanas pela nossa Organização no próprio dia. 

Ao mesmo tempo que lamentamos profundamente o sucedido, partilhamos com total transparência os factos junto de todos os que acompanham a atividade da Oikos, parceiros, financiadores e doadores.

No dia 5 de julho, após a habitual monitorização e controle de stocks no final da distribuição alimentar em Nhamatanda, um coordenador da Oikos detetou que as sobras do dia não deram entrada no armazém. A Oikos comunicou de imediato as suspeitas ao doador PAM (Programa Alimentar Mundial) e à polícia moçambicana.

 

Fruto da experiência acumulada e profundo conhecimento das realidades de emergência e do país, a Oikos estabeleceu um sistema eficaz de monitorização das atividades de distribuição da ajuda e de controlo de existências (stocks) de alimentos. 

 

Na sequência destes mecanismos de controlo, na passada sexta-feira, a Oikos detetou um desvio de ajuda alimentar levada a cabo por pessoal contratado para o apoio logístico pelo consórcio Oikos/ CEFA, que gere um projecto de distribuição de alimentos financiado pelo PAM. Em concreto, foi detetado que alguns excedentes de arroz, feijão e óleo alimentar, após a última distribuição, não tinham sido devolvidos ao armazém da Oikos/CEFA. Em consequência, o coordenador local da Oikos aplicando as medidas previstas nos protocolos de intervenção, informou o responsável local pelo Programa Alimentar Mundial e, em conjunto, fizeram uma denúncia da ocorrência à polícia Moçambicana. Fruto destas diligências, o volume de comida desviado foi totalmente recuperado no mesmo dia: 12 sacos de arroz, 11 sacos de feijão e 22 caixas de óleo alimentar.

 

Em todo este processo, a Oikos atuou com prontidão e total cooperação com as autoridades locais e com o financiador, tendo demonstrado que os seus mecanismos de controlo da distribuição da ajuda, funcionaram e que as necessárias diligências – incluindo a denúncia às autoridades policiais – foram tomadas. 

 

Além de um rigoroso sistema interno de monitorização e controlo, nas suas distribuições alimentares diárias a Oikos incentiva, junto das comunidades, a denúncia de qualquer tipo de abuso ou exploração, considerando-o totalmente inaceitável. A Oikos informa ainda que não tolera qualquer tipo de fraude, corrupção, desvio de ajuda humanitária, suborno ou roubo. 

 

A Oikos – cooperação e desenvolvimento lamenta profundamente a ocorrência e dará todo o apoio às autoridades na conclusão deste caso, reiterando a plena confiança na justiça moçambicana. 

 

Recordamos que, desde o dia 27 de março, ao abrigo da cooperação com o Programa Alimentar Mundial, a Oikos, liderando um consórcio com a ONG parceira CEFA, cumpriu a distribuição de cerca de 1000 toneladas de ajuda alimentar para aproximadamente 35 mil famílias, ou seja 175 mil pessoas.

 

Já após o incidente e reforçando a confiança na Organização portuguesa, o PAM estendeu o seu contrato com a Oikos para continuação de distribuição de alimentos às populações afetadas pela emergência.