As crises políticas vividas no Peru e Equador nos últimos anos exacerbavam a pobreza dos sectores rurais, contribuindo para um aumento do processo de emigração da população camponesa da zona andina que, por falta de outras oportunidades económicas, ocuparam e desflorestaram as zonas marginais da floresta com o intuito de extrair madeira e instalar culturas temporárias.

Visando promover a conservação das florestas tropicais da bacia binacional do Chinchipe que criou um modelo de gestão sustentável de florestas na bacia binacional do Chinchipe com plena participação da população local.

A exploração florestal encontrava-se a cargo de inúmeros pequenos madeireiros que, com a tentativa de manter o sustento familiar, desenvolviam uma atividade ilegal e depredatória, arriscando a sustentabilidade da sua atividade económica. As instituições locais, por sua vez, contavam com insuficiente preparação e recursos para fazer frente a estes problemas.

Todas estas restrições geravam uma espiral que desmotivava os habitantes que dependiam da gestão adequada e da conservação da floresta, motivo pelo qual os países andinos perdem centenas de milhares de hectares de floresta tropical a cada ano e como tal, assistem a uma diminuição do seu capital natural.

Os resultados esperados no decorrer dos projetos foram: 

• Camponeses e produtores florestais da bacia aumentaram as suas capacidades para gerir de forma sustentável os recursos florestais;
• Os Governos locais e a sociedade civil da bacia binacional estabeleceram mecanismos participativos e espaços de concertação para fortalecer o manuseamento e conservação dos recursos florestais;
• As Instituições locais e regionais melhoraram o conhecimento do potencial florestal da bacia a que pertencem. Foi produzida e difundida informação relevante à boa gestão das florestas tropicais nos países andinos amazónicos.