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Novas alternativas de rendimento para proteger o mar na Ilha de Moçambique

O distrito da Ilha de Moçambique testemunhou recentemente a entrega oficial de três empreendimentos comunitários— um aviário e dois restaurantes comunitários — iniciativas que reforçam o compromisso da Oikos em promover alternativas económicas sustentáveis para comunidades costeiras fortemente dependentes da pesca.

Restaurantes comunitários: um sonho tornado realidade

Em Nandoa, um grupo de 10 pescadores viu nascer um sonho há muito desejado: o seu restaurante comunitário, criado para oferecer novas fontes de rendimento e reduzir a dependência exclusiva da pesca artesanal. Já na ilha insular, também foi entregue um restaurante comunitário a um grupo de mulheres dos Conselhos Comunitários de Pesca (CCP). As iniciativas permitem diversificar a economia local, contribuindo para a conservação dos ecossistemas marinhos e para a melhoria das condições de vida da comunidade.

A Oikos apoiou a construção e o equipamento dos restaurantes, escutando as necessidades locais e reforçando o compromisso com soluções sustentáveis.

“Este é um passo importante para o futuro da nossa comunidade e para a preservação do mar que nos sustenta.” — partilharam os pescadores.

Aviário comunitário: resultados promissores

Também na Ilha de Moçambique foi inaugurado um aviário comunitário, gerido por um grupo de mulheres. No dia da abertura, foram vendidos 200 frangos, gerando 70 mil meticais — um resultado promissor que revelou o forte potencial económico da iniciativa e motivou as beneficiárias a continuar a investir.

Um esforço conjunto pela sustentabilidade marinha

A dependência quase exclusiva dos recursos do mar tem colocado em risco os ecossistemas locais, agravados pelas alterações climáticas e pelo aumento da procura. Por isso, apoiar novas atividades económicas é essencial para proteger os ecossistemas e garantir a segurança alimentar das comunidades.

Na cerimónia de inauguração, a Administradora Distrital da Ilha de Moçambique, Josina Taipo, destacou a importância de utilizar os recursos naturais de forma responsável. O Presidente do Conselho Municipal, Momade Ali, parabenizou a Oikos pelo contributo e incentivou os beneficiários a reinvestirem os lucros na gestão sustentável do mar.

O projeto “Okhapelela – Promoção da Conservação Marinha através da Co-gestão Comunitária” visa precisamente reduzir a pressão sobre os recursos marinhos, promovendo alternativas de rendimento viáveis e apoiando a gestão sustentável da pesca artesanal. O projeto é financiado pelo Camões, I.P., implementado pela Oikos em parceria com a Associação Cultural Luarte, com o envolvimento das autoridades locais — incluindo os SDAE e o Conselho Municipal da Ilha de Moçambique.

Com estas iniciativas, a Oikos reforça a sua atuação junto das comunidades costeiras de Nampula, apoiando soluções económicas resilientes que criam rendimento, geram emprego e aliviam a pressão sobre o mar, garantindo um futuro mais sustentável para todos.

   

   

   

   

  

   

 

 

 

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