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Assistência alimentar em vouchers dá autonomia às famílias em Moçambique

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Após a fase inicial de emergência, uma vez que estejam garantidas questões de segurança, o fornecimento de produtos e a acessibilidade por parte das pessoas, o sistema de vouchers alimentares permite que as pessoas tenham opção de escolha sobre o seu próprio cabaz alimentar. Ao mesmo tempo, este sistema estimula o mercado local contribuindo para o desenvolvimento e recuperação económica das zonas afetadas. 

 

Nesta nova fase de trabalho de emergência em Moçambique, a Oikos começou a distribuição de vouchers para compra de bens alimentares, uma forma de ajuda ainda pouco explorada e que promete grandes mais-valias. 

 

O funcionamento é muito simples. É entregue a cada família um voucher com um valor previamente definido para utilização mensal, juntamente com uma lista de pontos de venda aderentes, selecionados pelo PAM – Programa Alimentar Mundial. É dada total autonomia de decisão e escolha para que cada família opte pelos produtos que mais necessita ou gosta. Isto possibilita que as pessoas participem de forma ativa e tenham responsabilidade sobre a sua alimentação. O valor médio de cada voucher é de 50€. 


Este movimento financeiro através da participação de lojas locais estimula o próprio mercado, fundamental para a recuperação da economia da região. Quando a assistência alimentar gratuita é prolongada em demasia no tempo, pode levar a grandes quebras ou aniquilação de mercados e comércio locais. 


Tudo isto, claro, implica um processo de várias parcerias, coresponsabilização das partes, envolvimento e diálogo com as comunidades. 

A comunidade tem um acompanhamento em todas as fases de distribuição dos vouchers, desde a apresentação do sistema à comunidade até pequenos grupos selecionados e depois de forma individual na entrega dos mesmos, com informação complementar. 


Para ajudar na tomada de consciência e responsabilidade, são introduzidas também ações de formação em temáticas como alimentação, nutrição, higiene e economia de mercado.

Por fim, este sistema tem ainda como benefício diminuir o peso financeiro da ajuda humanitária, com redução de enormes custos de recursos humanos e logística, desde a aquisição de bens e o seu transporte até à distribuição final.


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