A violência contra as mulheres é uma das violações mais comuns dos Direitos Humanos. Atualmente, uma mulher com idade entre os 15 e 44 anos corre um risco maior de ser vítima de violação ou violência doméstica do que ser vítima de cancro, acidente de carro, guerra ou malária. Uma em cada três mulheres é vítima de violência, uma em cada três raparigas casa-se contra a sua vontade e cerca de 125 milhões de raparigas e mulheres foram já submetidas a mutilação genital.
Esta quarta-feira, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres organiza, juntamente com outras organizações da sociedade civil, a 5ª marcha pelo fim da Violência Contra as Mulheres: “Pela Eliminação da violência contra as mulheres, quebra o silêncio”. Várias são as figuras públicas que dão voz a esta causa com vídeos de mobilização e consciencialização. A marcha vai ter início às 18h na Praça do Comércio e segue em direção ao Rossio. A Oikos foi uma das organizações que subscreveu o manifesto por esta causa.
Desde 2014 que a Oikos tem um projeto multigeográfico, em três países, Guatemala, Honduras e Nicarágua, que tenta por fim à violência contra as mulheres que vivem com VIH.
A violência contra as mulheres portadoras deste vírus é parte de um sistema que tem a violência no seu centro e isso requer respostas mais amplas. Reconhecer que o círculo vicioso estigma-discriminação-violência de género-violação dos Direitos Humanos (DH) existe, não é suficiente para terminar com ele. A mudança de atitudes e comportamentos da comunidade através de ações de sensibilização em masculinidade e equidade, o trabalho com familiares de mulheres seropositivas e a população onde estão inseridas, fazem partes dos objetivos deste projeto.
Também em Portugal a Oikos tem atuado sobre Igualdade de Género e redução da violência junto do público mais jovem. Muitas vezes as situações de violência começam mesmo na adolescência e em ambiente escolar. Dezenas de escolas foram convidadas a participar na produção de curtas metragens sobre a Igualdade de Género, abordando temas como: violência no namoro, bullying de género, participação política, violência doméstica, desigualdades salariais, entre outros.
Em todo o mundo, as mulheres continuam a ser o elemento fundamental para manter unidas as famílias, as comunidades e as nações. Este Dia Internacional relembra-nos do nosso compromisso com os Direitos Humanos das Mulheres. Canalizemos mais recursos para a luta contra este tipo de violência e façamos tudo o que for necessário para pôr fim, de uma vez por todas, a agressões horríveis que diariamente mulheres e raparigas sofrem.
Façamos ouvir a nossa voz! Quebremos o silêncio!