Comunicado de Imprensa Oikos
06/07/2015
480 Organizações pedem ao Parlamento Europeu que trave o TTIP
Antes que o Parlamento Europeu faça a sua votação, a Aliança Europeia STOP TTIP envia uma carta aberta aos deputados. A Oikos também enviará directamente aos deputados portugueses.
O Parlamento Europeu está prestes a fazer outra tentativa de aprovação do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a UE e os Estados Unidos na próxima quarta-feira. Diante disso, uma aliança de mais de 480 organizações de toda a Europa está a pedir que os deputados que tenham em conta a forte resistência dos cidadãos. 2,3 Milhões de pessoas assinaram uma iniciativa auto-organizada que apela ao fim das negociações do TTIP. Todos os deputados do Parlamento Europeu receberam hoje uma carta, na sua língua nativa, assinada pelas organizações da Aliança STOP TTIP nos seus respectivos países.
“Os signatários desta missiva representam 480 organizações de toda a Europa, incluindo algumas organizações Portuguesas. A nossa aliança inclui Sindicatos e várias Organizações da Sociedade Civil que representam por sua vez um vasto leque de interesses públicos como a proteção ambiental, a saúde pública, os direitos civis, a agricultura, os direito dos consumidores, o bem-estar animal, os padrões laborais e sociais, os direitos dos trabalhadores, os direitos digitais e os serviços públicos essenciais como a educação e a saúde.
Recolhemos mais de 2.3 milhões de assinaturas nos últimos 8 meses contra a conclusão do TTIP e a ratificação do Acordo Económico e Comercial Global (CETA) com o Canadá. Isto faz da Campanha “Stop TTIP” a maior Iniciativa de Cidadãos Europeus até à data, ainda que a Comissão Europeia a tenha rejeitado.
Queremos impedir o TTIP e o CETA porque contêm vários aspetos sensíveis, como, por exemplo, a resolução de litígios entre Estados e investidores e as normas para a cooperação regulatória, que constituem uma ameaça para a democracia e a função do direito. Queremos impedir que os nossos elevados padrões de emprego, sociais, ambientais, de privacidade e de proteção do consumidor sejam baixados e que serviços públicos (tais como o aprovisionamento de água) e bens culturais sejam liberalizados em negociações pouco transparentes.”
Consulte a carta na íntegra.
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Sobre a Oikos
A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), com mais de 25 anos de trabalho, tendo sido constituída em 1988, em Portugal. Em 1992, o Estado Português reconheceu-lhe o estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública e, em 2000, foi-lhe atribuído o Estatuto Consultivo junto do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). Tem como missão erradicar a pobreza extrema e garantir que todas as pessoas usufruam do direito a uma vida digna. Trabalhando nas áreas de Ação Humanitária, Vida Sustentável e Cidadania Global, o trabalho da Oikos estende-se atualmente por Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, Moçambique, Nicarágua, Peru e Portugal.