Nicarágua

RTP Furacão Felix

Dois portugueses integram as equipas da organização não governamental OIKOS que estão nas zonas de impacto do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras a fazer levantamento dos danos no terreno, disse hoje à Lusa fonte da organização.
7 Set 2007

Em declarações à agência Lusa Ricardo Domingos, da OIKOS, disse que até ao momento a organização não recebeu pedidos de ajuda de cidadãos portugueses afectados pelo furacão.

Segundo Ricardo Domingos, os dois portugueses que integram as equipas da OIKOS (um está na Nicarágua e outro nas Honduras) fazem parte das estruturas permanentes que estão neste momento a fazer um levantamento dos danos causados pela passagem do furacão.

“Em coordenação com as autoridades locais e organizações internacionais e locais as equipas estão a identificar os danos de forma a preparar uma resposta de emergência imediata e eficaz ao furacão”, disse à Lusa este membro da OIKOS.

De acordo com Ricardo Domingos, as equipas estão a tentar apurar o número de pessoas que foram afectadas e os sectores onde há mais necessidades de apoio.

“As comunidades não têm água potável nem saneamento e há graves danos em infraestruturas públicas e cerca de nove mil casas destruídas”, salientou Ricardo Domingos.

Segundo este elemento da OIKOS, há “prejuízos elevados nas colheitas e danos nas zonas de cultivo o que vai causar um impacto ao nível da disponibilidade de alimentos da população nos próximos meses”.

A organização OIKOS estima que cerca de 60.000 pessoas tenham sido directamente afectadas pelo furacão na costa Norte das Honduras e Nicarágua.

O balanço do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras ultrapassou o limiar dos cem mortos depois da descoberta de novos cadáveres de ameríndios resgatados ao largo das costas das Caraíbas, segundo balanços fornecidos quinta-feira pelas autoridades.

O número de vítimas aumentou depois de o comité de prevenção de riscos das Honduras (Copeco) ter anunciado a descoberta perto do litoral de 28 novos corpos de ameríndios originários da Nicarágua.

O anterior balanço, no que respeita à Nicarágua, dava conta de 70 mortos, 120 desaparecidos e 50.000 vítimas depois da passagem do furacão na costa norte do país.

Nas Honduras havia registo de um morto, um homem em consequência das inundações.

O furacão Félix, com a categoria 5 (máxima) na escala de Saffir-Simpson, fez cair chuvadas torrenciais sob ventos a 260 quilómetros/hora.