Noticias TTIP

480 Organizações pedem ao Parlamento Europeu que trave o TTIP

Antes que o Parlamento Europeu faça a sua votação, a Aliança Europeia STOP TTIP enviou uma carta aberta aos deputados. A Oikos também o fez directamente aos deputados portugueses.

O Parlamento Europeu está prestes a fazer outra tentativa de aprovação do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a UE e os Estados Unidos esta quarta-feira. Diante disso, uma aliança de mais de 480 organizações de toda a Europa está a pedir que os deputados tenham em conta a forte resistência dos cidadãos. 2,3 milhões de pessoas assinaram uma iniciativa auto-organizada que apela ao fim das negociações do TTIP. Todos os deputados do Parlamento Europeu receberam esta segunda-feira uma carta, na sua língua nativa, assinada pelas organizações da Aliança STOP TTIP nos seus respetivos países.

 

“Os signatários desta missiva representam 480 organizações de toda a Europa, incluindo algumas organizações portuguesas. A nossa aliança inclui Sindicatos e várias Organizações da Sociedade Civil que representam por sua vez um vasto leque de interesses públicos como a proteção ambiental, a saúde pública, os direitos civis, a agricultura, os direitos dos consumidores, o bem-estar animal, os padrões laborais e sociais, os direitos dos trabalhadores, os direitos digitais e os serviços públicos essenciais como a educação e a saúde”.

 

Foram recolhidas mais de 2.3 milhões de assinaturas nos últimos 8 meses contra a conclusão do TTIP e a ratificação do Acordo Económico e Comercial Global (CETA) com o Canadá. Isto faz da Campanha “Stop TTIP” a maior Iniciativa de Cidadãos Europeus até à data, ainda que a Comissão Europeia a tenha rejeitado.

 

“Queremos impedir o TTIP e o CETA porque contêm vários aspetos sensíveis, como, por exemplo, a resolução de litígios entre Estados e investidores e as normas para a cooperação regulatória, que constituem uma ameaça para a democracia e a função do direito. Queremos impedir que os nossos elevados padrões de emprego, sociais, ambientais, de privacidade e de proteção do consumidor sejam baixados e que serviços públicos (tais como o aprovisionamento de água) e bens culturais sejam liberalizados em negociações pouco transparentes.”

 

Consulte a carta na íntegra.