Entrevista de Pedro Krupenski, diretor de desenvolvimento da Oikos no programa Ecclésia sobre o Ano Europeu para o Desenvolvimento.
“Não faz sentido que num mundo global em que a pobreza já não está geograficamente localizada, continue a existir uma relação desequilibrada entre os que ajudam e os que são ajudados”.
Pedro Krupenski, diretor de desenvolvimento da Oikos, destaca a oportunidade que este Ano Europeu levanta para a implementação de uma “responsabilidade partilhada” entre todos os países.
Para ele, “não faz sentido” que “num mundo global em que a pobreza já não está geograficamente localizada”, continue a existir uma “relação desequilibrada entre os que ajudam e os que são ajudados”.
Este ano vai ser um período “de transição nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, para a nova agenda pós-2015”.
Tempo ideal para as pessoas “tomarem consciência” de um projeto que, segundo Pedro Krupenski, “teve enorme mérito”, como “primeiro referencial alguma vez existente”, em termos da “luta contra a pobreza”, e que “reuniu tanto consenso”.
“Apesar de tudo, tinha algumas fragilidades”, que “levaram a que a maior parte das pessoas percecionassem esses objetivos como um elencar de soluções a implementar pelos outros, em particular pelos Estados e instituições, para resolver problemas dos outros, ou seja dos pobres do Sul” e está a tentar-se “inverter um pouco essa lógica”, frisou ainda.
Fonte: www.agencia.ecclesia.pt