Gumersindo Távara Rosales dedicou toda a sua vida ao cultivo de milho e com o pouco lucro que a colheita lhe dava, mal podia alimentar os cinco filhos. Após muito se questionar, optou pelo cultivo de bananas orgânicas e hoje é um dos 6.500 pequenos produtores que exportam bananas para mercados em todo o mundo.
“Há mais de uma década, tínhamos uma ideia errada do que era o mundo da exportação de bananas, cultivávamos do modo convencional, mas os produtores organizaram-se formando uma associação e várias foram as ideias que começaram a surgir. Foi assim que começámos a exportar diretamente e a qualidade de vida da população mudou completamente”, disse Gumersindo, enquanto mostra orgulhoso um cacho de bananas, a fruta que mudou a vida de muitos agricultores em Sullana.
Gumersindo tem 77 anos e 10 netos. Atualmente com 2 hectares e meio de plantações, a sua produção é superior a 35 caixas semanais por hectare, utilizando por semana mais de 100 bolsas de plástico para o amadurecimento das bananas. Conta-nos que “através do Projeto Probanano executado pela Oikos tem vindo a promover-se a reciclagem das bolsas de plástico que servem para amadurecer as bananas orgânicas. Esta iniciativa tem-nos ajudado enquanto pequenos produtores a reduzir toda a poluição que fomos acumulando ao longo dos anos”.
“Anteriormente não tínhamos sítio para onde levar os plásticos que protegem e amadurecem as bananas. Hoje, depois de os utilizarmos, são reciclados através de uma coordenação com a associação. Fazemos os possíveis para não contaminarmos mais o ambiente. Na fase de embalamento juntam-se os plásticos numas latas gigantes que a Oikos forneceu para incentivar todos à prática de reciclar e assim estarmos livres de contaminações”, diz-nos Gumersindo.