Assistimos as comunidades afetadas pelo Ciclone Kenneth através de uma resposta rápida de apoio no acesso a bens alimentares.

O ciclone Kenneth atingiu a província de Cabo Delgado no dia 25 de Abril de 2019. Com rajadas de vento de até 220 km/h foi a tempestade mais forte que atingiu o país e causou destruição generalizada de campos agrícolas, casas e infraestruturas. Os distritos mais diretamente afetados foram os distritos de Quissanga, Macomia e Ibo, zonas em que aldeias inteiras foram destruídas e onde as comunidades perderam todos os seus meios de subsistência. Isto sucedeu também nos distritos à volta destas áreas, incluindo o distrito de Metuge,.

Vários outros distritos na Província foram também fortemente afetados pelas inundações devido ao dilúvio de chuvas que se seguiu ao ciclone. Famílias ficaram sem casa e perderam os seus meios de subsistência agrícolas. O acesso às áreas mais afetadas foi um desafio, uma vez que havia comunidades apenas acessíveis por via área ou barco – o que dificultou uma avaliação mais exata do impacto e das necessidades. 

Por outro lado, as restrições de segurança impostas pelo Governo e Nações Unidas, devido à violência e ataques registados nestas áreas tornaram o acesso e o apoio humanitário ainda mais difícil.

A devastação causada foi ainda agravada pelo impacto que o ciclone teve nos meios de subsistência agrícolas e pesqueiros e na situação de segurança alimentar e nutricional das comunidades em toda a província de Cabo Delgado. Com o ciclone Kenneth a ter lugar no pico da época de colheita, a disponibilidade de alimentos a curto, medio e longo prazo foi umas das principais preocupações, uma vez que Cabo Delgado já tinha a maior taxa de malnutrição crónica no país.

O impacto do ciclone nestas zonas foi também fortemente agravado por serem zonas com uma população já muito vulnerável devido à pobreza e violência (ataques) registados nessas áreas.

A OIKOS procurou prestar assistência às comunidades afetadas pelo Ciclone Kenneth através de uma resposta rápida de apoio no acesso a bens alimentares e, assim, contribuir para garantir a segurança alimentar nas áreas de conflito visadas.