O Diretor de Desenvolvimento da Oikos e Presidente da Plataforma das ONGD, Pedro Krupenski, foi um dos oradores do painel “Importância das Políticas de Cooperação para o Desenvolvimento na U.E e o papel das cidades e dos Municípios” na conferência sobre “Desafios da Cooperação e do Desenvolvimento Europeu em 2015 e Anos Seguintes”, organizada pela ENOP (Rede Europeia de Fundações Políticas) e pela Fundação Res Publica.

Pedro Krupenski recordou a quem o ouvia que “Quando os ODM foram aprovados, foram feitas contas sobre quanto custaria implementá-los. Surgiram números elevadíssimos e, com eles, os céticos que disseram que em 15 anos seria impossível angariar tamanho montante para erradicar a pobreza. Contudo, entre Março e Maio de 2009, quando eclodiram os efeitos da crise financeira global, apenas neste período de 2 meses, foi possível angariar 30 vezes mais do que aquilo que seria impossível angariar em 15 anos para erradicar a pobreza”.

O Diretor de Desenvolvimento da Oikos finalizou a sua intervenção com uma pergunta que, de alguma maneira, leva o público a refletir: “Se a escravatura, há 200 anos, era expediente económico utilizado e incentivado e hoje, felizmente, é considerada uma aberração civilizacional, porque convivemos ainda pacificamente com a pobreza que atenta tanto ou mais que a escravatura contra a dignidade das pessoas e nos damos ao luxo de desperdiçar recursos e desviar o curso de políticas que seriam capazes de contribuir para este passo civilizacional?”.

Pode consultar a intervenção na íntegra aqui.