O projeto pretende aumentar a participação cívica e associativa das mulheres agricultoras nas regiões do interior, através de capacitação e promover a sua visibilidade e aumentar a igualdade entre homens e mulheres. A maioria das mulheres agricultoras não se considera uma trabalhadora rural, não se inscrevendo na segurança social ou assume propriedade das terras. Contexto que promove a desigualdade de género e dependência económica com falta de representatividade em estruturas associativas e em tomadas de decisão. Assim, através de instrumentos participativos, procura-se promover o diagnóstico, intervenção e avaliação.

O principal objetivo deste projeto é aumentar a participação feminina na área agrícola capacitando-as enquanto agricultoras a ter igualdade de género no seu setor e uma posição nas tomadas de decisão.

Desta forma, os resultados esperados são a criação de grupos focais compostos por mulheres para levantamento de necessidades e identificação dos beneficiários, bem como a construção de instrumentos de intervenção que abordem conteúdos técnicos e desenvolvimento pessoal para a sua capacitação, a partir dos quais será implementada a Teoria da Mudança. A nível técnico, estas mulheres trabalharão sobre os domínios da produção agrícola ecológica, a comercialização justa e a organização coletiva, enquanto a nível pessoal centra-se no trabalho de interesse das mulheres através de um projeto prático elaborado pelas mesmas. Procura-se desenvolver uma plataforma tecnológica que sirva de base informativa para o público em geral, divulgar os resultados da intervenção, realizar ações de formação com o público-alvo e agentes comunitários e o maior envolvimento de parceiros, agentes locais e entidades nacionais para divulgação de resultados, experiências e boas práticas.