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Melhorar os processos de produção sustentáveis e resilientes para a segurança e soberania alimentar
A "Revolução Verde", com a plantação de variedades melhoradas, uso intensivo de mecanização, pesticidas e irrigação, tem sido exportada para El Salvador desde 1960, fazendo com que as planícies do Pacífico fossem utilizadas para culturas agro-exportadas, e com que as suas populações fossem dali expulsas. Parte desta população fixou-se nas encostas, que foram desmatadas para plantar milho e feijão, tornando-as vulneráveis à redução da precipitação devido às alterações climáticas e aos efeitos do El Niño, e que são atualmente o lar dos produtores mais empobrecidos. Atualmente 82% dos agricultores são agricultores de subsistência e na sua maioria em encostas. Mais de 96% utilizam fertilizantes químicos e/ou herbicidas. Este modelo causou desertificação antropogénica e acentuou os efeitos das alterações climáticas, enfraquecendo o ciclo territorial da água, causando tensões sociais.
Este projeto tem como objetivo geral contribuir para a garantia dos direitos humanos, em particular o Direito Humano à Alimentação, da população mais vulnerável de El Salvador. Tem ainda como objetivo específico reforçar processos produtivos sustentáveis e resilientes que contribuam para a segurança alimentar - soberania e equidade de género em quatro municípios da área de conservação de El Imposible - Barra de Santiago em El Salvador.