Para que o cidadão seja actor social, e possa originar transformações na sociedade, deverá recorrer a organizações ou instituições que, nas suas correlações, constituem o tecido social.
As organizações e as instituições ajudam-nos a reduzir a incerteza, proporcionando uma estrutura a vida quotidiana. Uma organização e tanto mais útil para a sociedade quanto mais intercâmbio de carácter económico, político, social ou cultural possibilitar com outras organizações ou com pessoas, na sua vida quotidiana.
Também poderemos perspectivar as organizações como instituições que deverão:
Solucionar continuamente problemas;
Prevenir continuamente problemas;
Conservar no tempo a solução aos problemas.
O cidadão exerce, agora, as suas responsabilidades no âmbito das interacções com as organizações dos três sectores:
Sector público – a responsabilidade de conformar o poder legislativo, judicial e executivo;
Terceiro sector – a responsabilidade de assumir a vigilância social, a solidariedade e o empreendedorismo social;
Sector privado – a responsabilidade de premiar, consumir e investir de forma consciente e responsável (comercio justo, compras ecológicas, finança ética e consumo responsável).
Comum a todas as esferas de interacção, persiste o desafio da transparência, da prestação de contas, da accountability e da cooperação estratégica entre distintos sectores.
Neste sentido, a Oikos procura, através da organização de redes e de parcerias entre os vários actores, fomentar a promoção do "bem comum", integrando neste conceito, não apenas os "bens públicos" na comunidade local e nacional (como podem ser o acesso aos serviços essenciais), mas também os chamados bens públicos globais, como a estabilidade climática ou a sustentabilidade ambiental.
Entre os temas sobre os quais a Oikos tem vindo a apostar numa dinâmica de promoção de parcerias para o bem comum, destacamos:
Alterações climáticas;
Finança ética/financiamento alternativo do desenvolvimento;
Consumo responsável e compras públicas responsáveis;
Responsabilidade Social das Empresas;
Fortalecimento e profissionalização dos actores sociais.
Formas de intervenção
Entre as principais formas de intervenção, para alem da sensibilização, mobilização, formação e produção de materiais (in)formativos, destacamos:
O diálogo multistakeholder;
A promoção de campanhas mediáticas;
O marketing social;
A realização de parcerias multistakeholder;
O desenvolvimento/difusão de instrumentos voluntários (códigos de conduta, normas voluntárias, ferramentas de gestão).