A Nicarágua é um dos países mais pobres da América Latina, fazendo parte dos Países Pobres Altamente Endividados (HIPC). Em 2002, o Banco Mundial e o FMI aprovaram o Reforço da Estratégia para o Crescimento Económico e Redução da Pobreza (RSEGRP), tendo o governo apresentado nesse mesmo ano a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento, como complemento da RSEGRP.
Este plano tenta fazer face a alguns indicadores preocupantes, tais como a taxa de desemprego, que atingia em 2002 os 20%, as notórias desigualdades de género, sendo que as mulheres trabalham mais horas, sendo remuneradas com valores inferiores aos dos homens, e a distribuição da população, com cerca de 55% a residir em zonas urbanas.
O ano de 2005 funcionou como um período de avaliação dos esforços feitos em relação aos diferentes ODM, tendo sido delineadas novas medidas a seguir durante os próximos dez anos.
A análise dos objectivos de redução da mortalidade infantil e materna, bem como a criação de condições que permitam um melhor funcionamento e maior confiança nos serviços de saúde, permitem verificar que: a mortalidade infantil foi reduzida entre 1990 e 2003, de 52 para 30 casos em cada 1000 nados-vivos; aproximadamente 85% das mulheres grávidas tiveram acompanhamento especializado durante este período; a malária teve uma regressão entre 1997 e 2001, de 915 para 201 casos por cada 100 mil pessoas.
Positiva tem sido também a evolução dos dados relativos ao aumento das matrículas no ensino primário (82%) e à taxa de alunos que concluem o 5º ano (54%), o que resulta num aumento dos índices de literacia no grupo etário entre os 15 e 24 anos (73,2%).
Menos positivo tem sido o combate à pobreza, que atinge 80% da população da Nicarágua e 46% de modo extremo, e o fomento da equidade de género, que continua a estar longe de ser uma realidade, apesar de um aumento para 20% no que diz respeito às mulheres com assento parlamentar (ODM 1 e 2, respectivamente).
Fonte: Human Development Report - UNDP; The World Factbook; Human Development Report - UNDP